Micro-História
Micro-História é uma corrente historiográfica e não uma escola. Não é a nova história cultural francesa, apesar de terem objetos semelhantes. Cada micro historiador vai ter influências próprias, ela surge basicamente nos anos 70, com Eduardo Grendi.
O marxismo é relevante dentro da micro-história, sobretudo a perspectiva gramsciana e através do historiador Giovanni Levi.
A micro-história não é análise local, regional ou circunscrita. Ela é uma redução da escala de observação, mas o objeto de análise só faz sentido de alguma maneira se ele exemplificar conceitos gerais. Por exemplo: ''O Queijo E Os Vermes'' (Carlo Ginzburg). O recorte é circunscrito, mas as questões são gerais.
Ela surge como oposição ao modelo Brodeliano de história, que era o modelo "macro" de se fazer história estudando a longa duração, o que se permanecia dentro da sociedade.
A micro-história possui três paradigmas. Primeiro: A redução de escala como paradigma epistemológico, ou seja, o geral só pode ser estudado a partir do particular, somente reduzindo a escala de observação que se consegue entender o que é de mais profundo em uma sociedade e como esse "objeto" geral é vivido. Segundo: A análise é intensiva e exaustiva das fontes. Terceiro: é a análise indiciária, são através dos indícios que se tenta entender como o grupo age.
Portanto, a principal característica da micro-história é analisar o objeto através de uma escala reduzida, por exemplo: Analisar um soldado no front de batalha e não todo o batalhão espalhado no campo de operações, isto é, estudando assim o micro (um soldado) para se entender o macro (o conflito). O historiador diminui o recorte para se entender melhor como funcionava o geral.
Observação importante: Estudo de casos são exemplos, ele é usado de forma ilustrativa, algo muito diferente de micro-história.
Por: S.Silva
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